O Cerrado e a incrível jornada das águas

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O Cerrado e a incrível

jornada das águas


O Brasil depende do Cerrado preservado para não secar. A savana não sobrevive sem a umidade que vem da Amazônia. Mostramos o elo sagrado das águas brasileiras de uma maneira que você nunca viu.

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Cerrado e a incrível

jornada das águas


O Brasil depende do Cerrado preservado para não secar. A savana não sobrevive sem a umidade que vem da Amazônia. Mostramos o elo sagrado das águas brasileiras de uma maneira que você nunca viu.

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<span> Texto por </span>Letícia Klein e Ronaldo Ribeiro

Texto por Letícia Klein e Ronaldo Ribeiro

Arte por Luiz Iria e Miguel Vilela

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O Cerrado é fundamental para um ciclo hidrológico que garante a previsibilidade das chuvas na maior parte do Brasil. Mas, para recarregar seus aquíferos e continuar distribuindo águas, o bioma depende da umidade que vem da Amazônia – uma dinâmica cada vez mais ameaçada pela destruição da vegetação nativa. Sem o Cerrado preservado, o Brasil pode secar.

O Cerrado pulsa no coração do Brasil como um sistema natural de distribuição de águas. Um sistema poderoso – e ameaçado. No segundo maior bioma do país brota uma imensa rede de rios e lençóis freáticos que vão constituir oito das 12 grandes bacias hidrográficas nacionais. São águas que  escorrem dos territórios mais altos do Planalto Central para porções mais baixas Brasil afora, conectando todas as regiões por vias hídricas. O solo poroso do Cerrado retém a carga das chuvas para depois compartilhá-la com a bacia Amazônica, ao norte, para onde seguem as águas de 3 427 nascentes. Entre esses rios amazônicos estão o Xingu e o Tapajós.

Parte dessas águas generosas escorre ainda para o Nordeste, garantindo recursos para as bacias do Atlântico Nordeste Ocidental, do Parnaíba e do Atlântico Leste, além da do São Francisco, que depende do Cerrado para 94% da sua vazão. No Centro-Oeste, esse número oscila para 62% no sistema Araguaia/Tocantins, e na bacia do Paraguai a planície inundável do Pantanal Mato-grossense recebe 98% de suas águas do Cerrado. Já no Sudeste e Sul, as águas do bioma alimentam estimados 48% da bacia do Paraná, estratégica na geração de energia hidrelétrica. 

Não bastasse essa imensidão líquida sobre a superfície, sob a terra se ocultam os aquíferos Urucuia, Bauru-Caiuá e Guarani, maior manancial de água doce subterrânea do planeta. Resultado do derretimento de grandes geleiras no passado, o Guarani cruza não somente as fronteiras entre Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, como também interliga três biomas brasileiros: Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. 

Os dados dizem por si: o Cerrado tem uma função estratégica de regulador de recursos hídricos. 

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É tempo de seca no Cerrado.

As árvores buscam água no subsolo.

Suas longas raízes, muitas vezes maiores que o tronco e a copa aparentes na superfície, podem atingir até 20 metros de profundidade.

Por isso o bioma ganhou o apelido “floresta invertida”.

O Cerrado acomoda-se sobre as maiores reservas de água do país, armazenadas em três grandes aquíferos – Bambuí, Urucuia e Guarani.

No Bambuí, localizado no norte de Minas Gerais, a água é depositada em enormes cavernas.

Durante os períodos de estiagem, os aquíferos são responsáveis por manter a vazão dos grandes rios.

A água brota em nascentes, olhos d’água ou em fervedouros, cenários de rara beleza muito comuns na região do Jalapão, no Tocantins.

Grande parte do bioma fica sobre o Planalto Central, região de grandes médias de altitude.

Portanto, os rios que nascem aqui escorrem naturalmente para o resto do país.

É como uma caixa d’água, de fato.

Mais de 3 mil nascentes do Cerrado avançam em direção à Amazônia, incluindo os rios Xingu e o Tapajós.

Quase toda a água da bacia do São Francisco vem do Cerrado, assim como as águas que abastecem o Pantanal.

Dinâmica de caixa d’água

O abastecimento dos estoques hídricos do Cerrado acontece sob a forma de chuva, que cai e escoa superficialmente nos rios, e da água que se infiltra pacientemente no solo para virar umidade ou descer até as profundezas, abastecendo os aquíferos. Como o bioma ocupa em boa parte porções territoriais de maior altitude, à medida que o relevo desce os lençóis freáticos se tornam mais próximos da superfície. Daí surgem os olhos d’água e as nascentes que são as fontes dos grandes rios. 

Por isso, “falar em conservação de recursos hídricos não significa apenas proteger os locais onde a água aflora. É preciso considerar a conectividade da paisagem e preservar as áreas responsáveis por armazenar a água que depois vai percolar para as partes mais baixas”, explica Mercedes Bustamante, bióloga e professora titular do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB). “É como se eu tivesse um sistema de abastecimento no qual só me preocupo com a torneira, que é onde a água aparece, e não dou importância à caixa d’água. Hoje há proteção das áreas onde a água aflora, mas não há preocupação com a caixa d’água. Se esse reservatório é menos eficiente, menos água vai sair na torneira.”

Mapa mostra o caminho das águas pelo Brasil, desde o Oceano, passando pela Amazônia e viajando em direção ao Cerrado e ao sul do continente

Mapa: Rodolfo Almeida / Ambiental Media
Fontes:  Lima, Jorge Werneck. “Situação e perspectivas sobre as águas do cerrado.” Ciência e cultura (2011); Nobre, Antonio Donato. “O futuro climático da Amazônia.” Relatório de Avaliação Científica. São José dos Campos, São Paulo (2014)

Quem comanda todo esse intrincado mecanismo é o ciclo hidrológico global. A chuva que cai nos ecossistemas terrestres é fruto da evaporação dos oceanos. No Brasil, a Amazônia tem papel fundamental nesse processo, pois recebe a umidade oceânica e a devolve em forma de vapor d’água para a atmosfera por meio da evapotranspiração da floresta. Com a ajuda dos ventos alísios, esse vapor d’água forma os conhecidos “rios voadores”, que viajam em direção oeste e, ao se depararem com o paredão que é a Cordilheira dos Andes, fazem uma curva e correm rumo ao interior do país, precipitando-se aos poucos em chuvas. 

A localização do Cerrado deixa clara a força dessas águas. Ele está na latitude 30º, na qual, em boa parte do globo, o clima árido é suscetível à formação de desertos. Nessa mesma faixa, por exemplo, estão os desertos do Atacama (Chile) e Kalahari (Namíbia), além dos grandes vazios do Outback australiano. Na América do Sul, o transporte de água da Amazônia via atmosfera, ao longo de milhões de anos, evitou que o Cerrado se tornasse uma região desertificada. 

O avanço das atividades humanas sobre os biomas, no entanto, ameaça o equilíbrio dessa dinâmica de águas. “Se o bombeamento da água amazônica diminuir com o desmatamento, haverá uma tendência forte para formação de ambientes cada vez mais secos no Cerrado, num processo que tende a ser rápido”, alerta Reuber Brandão, biólogo e professor de manejo de fauna da UnB.

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É novembro, enfim: começa a temporada de chuvas na Amazônia.

A vegetação da floresta absorve a umidade do oceano e transpira. Essas massas de ar úmidas se transformam nos “rios voadores”.

Parte dessa umidade precipita sobre a floresta durante a estação chuvosa, que segue até março.

Outra parte segue rumo oeste e incorpora a água lançada à atmosfera pelas árvores amazônicas.

Uma única árvore pode bombear mais de mil litros de água para a atmosfera em um dia.

A floresta inteira lança mais volume de água no ar que o Amazonas despeja no oceano.

Quando chegam no grande paredão que são os Andes, esses rios aéreos fazem uma curva e descem em direção ao Cerrado, ao sul do continente.

A saúde de um bioma depende diretamente da do outro, e manter esse sistema operando requer políticas de conservação abrangentes, avalia Bustamante. “Não dá para conservar a Amazônia sem conservar o Cerrado. E vice-versa. A umidade vem da floresta e, se há chuva, tem que haver também o ambiente que a absorva, mantendo os mecanismos de redistribuição da água para os rios.” Em resumo: os dois ambientes prosperam quando atuam em conjunto, de acordo com os ciclos próprios de chuva e seca de cada um. 

A estação chuvosa no Cerrado começa em outubro e vai até março, podendo estender-se até abril. O auge da seca vai de julho a setembro (em 2023, as chuvas atrasaram quase dois meses, causando uma onda de calor histórica no Centro-Oeste). No período seco, a vegetação desenvolveu, ao longo de milhões de anos, a capacidade de extrair água das profundezas. Para alcançar os lençóis freáticos, as raízes das plantas precisam ser extremamente longas, chegando a 20 metros de comprimento, não raro maiores que as próprias árvores – duas a três vezes o tamanho da copa. Não à toa, o bioma é conhecido como “floresta invertida”. 

Para que as massas de ar externas entrem no Cerrado é preciso haver certo nível de umidade na atmosfera. Caso contrário, o ar seco forma uma parede contra a umidade que vem de fora, evitando que a chuva caia. Assim, a evapotranspiração no próprio Cerrado cria um “gatilho” para a sua estação chuvosa, ao permitir que os rios voadores consigam de fato transformar-se em chuva. “A massa úmida precisa encontrar as condições adequadas para se transformar em precipitação”, diz Bustamante. Se a umidade relativa do ar abaixo das nuvens for alta, a evaporação vai remover só um pouco de água das gotas de chuva. No entanto, se a umidade for baixa, a evaporação pode reduzir drasticamente a quantidade de água e de precipitação. 

A chuva necessária para recarregar o solo precisa entrar gradualmente ao longo de toda a estação. A dinâmica das águas não depende apenas dos índices pluviométricos, mas igualmente do período em que as chuvas caem e quão concentradas elas estão. “Se a cobertura vegetal do Cerrado dá lugar a soja e pasto, a paisagem fica ressecada durante a época sem chuvas e não transpira. Isso significa que as grandes raízes das espécies nativas não estão mais lá bombeando a água subterrânea para a atmosfera na forma de vapor d’água para iniciar o processo que resultará na próxima estação chuvosa”, diz Bustamante.

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Os rios voadores chegam ao Cerrado.

A vegetação natural do bioma é essencial para que a água das massas úmidas precipite.

O processo de evapotranspiração das árvores – que bombeia água do subsolo à atmosfera – funciona como um gatilho para a chuva.

Com a chuva, a água adentra o solo poroso do bioma, recarregando os aquíferos e permitindo a continuação do ciclo.

O Código Florestal brasileiro estipula uma diferença significativa na política de uso do solo nos dois biomas interdependentes. Na fronteira agrícola consagrada que consolidou a expansão do agronegócio brasileiro, o Cerrado, os proprietários de terra têm autorização para desmatar até 80% de suas áreas; na Amazônia, o teto é muito menor, 20%. Se os números do desmatamento na floresta tropical começam a melhorar nos últimos dois anos, os da savana brasileira mantêm certa estabilidade preocupante. A plataforma Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou no final do ano passado que, entre agosto de 2022 e julho de 2023, o bioma perdeu 11 mil km2 de vegetação, uma alta de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para ameaçar ainda mais os recursos hídricos, o cultivo de monoculturas como a soja depende da irrigação, que busca a água do subsolo justamente no momento mais crítico do ano, sem chuvas. “Essa prática fragiliza os reservatórios subterrâneos, a parte do sistema capaz de garantir água no período seco. Além disso, exclui todos os outros usuários de água”, avalia Yuri Salmona, doutor em Ciências Florestais pela UnB e diretor executivo do Instituto Cerrados. Desajustar qualquer componente do ciclo hidrológico significa gerar desequilíbrio – o sistema vai tentar retornar ao normal, mas esse normal pode não ser o mesmo de antes. 

“Extrair água subterrânea demais para irrigação vai causar diminuição de fluxo para os rios até que eles sequem e fiquem com tão pouca água que a carga poluidora jogada lá não vai mais ser depurada, resultando em perda de qualidade da água. Outro efeito é o rebaixamento de poços, com desabastecimento de produtores com reservatórios rasos”, explica Rodrigo Lilla Manzione, professor da área de recursos hídricos na Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

Chuva-abastecimento-distribuição: esse é o ciclo rompido com o desmatamento. Quem já esteve em uma floresta quando começa a chover sabe que não sente os pingos caírem de imediato. Isso acontece porque as plantas recebem a chuva no dossel, nas folhas. Daí a água passa para os ramos, o caule e as raízes. É como se estivéssemos debaixo de um guarda-chuva, e só começamos a ver os pingos depois que ele estiver saturado de água. Em áreas desmatadas, a chuva não encontra o anteparo do dossel e vai direto ao solo exposto ou com uma cobertura simples, como uma pastagem ou plantação de soja. Em vez de se infiltrar no solo profundo, a água escoa superficialmente provocando aumento da erosão e, consequentemente, perda de fertilidade e o carreamento de terra para os rios, o chamado assoreamento. 

“Isso acontece no período de chuvas, quando tudo o que você não quer é jogar mais água para dentro do rio. Por isso a importância de manter o Cerrado em pé com o seu subsolo permeável”, defende Salmona. 

A savana biodiversa

Um mosaico de vegetação com 19 ecorregiões diferentes: assim é a paisagem do Cerrado, com suas formações campestres, que parecem gramíneas; as formações típicas savânicas que combinam árvores pequenas com gramíneas; e as formações florestais, onde estão árvores mais altas. É a savana com mais biodiversidade do planeta quando comparada às africanas, australianas e venezuelanas. “Dentre todas elas, a brasileira tem a maior diversidade de anfíbios, por exemplo, graças à previsibilidade e abundância de água”, explica Reuber Brandão. 

A concentração de água no Cerrado cria mais oportunidades para que espécies sem tanto sucesso em regiões mais secas se estabeleçam. Por isso é possível encontrar golfinhos de água doce em áreas de transição com a Floresta Amazônica, como o boto-do-araguaia e o tucuxi, a ariranha – a maior lontra do mundo –, além de peixes como pirarucus, grandes bagres, pirararas e piraíbas que chegam a pesar quase 100 quilos. 

A estratificação de altitude garante diversidade de ambientes ao bioma. Nas áreas altas há riachos temporários que correm sobre pedras com águas claras, rápidas, frias e menos oxigenadas. Ali, a fauna é diferente daquela encontrada em regiões de planície, onde escoam os grandes rios e formam-se inundações – territórios com grande diversidade de aves aquáticas como cabeça-seca, colhereiro, gavião-caramujeiro e garças. “A fauna aquática espelha bem a paisagem heterogênea do Cerrado”, resume Brandão. 

As áreas de Cerrado voltadas para a Amazônia são de menor altitude, com elementos de floresta nas matas de galeria, matas ciliares e cursos d’água. É possível observar essas características ao longo dos rios Araguaia, Tocantins, Juruena, Guaporé e Parnaíba. No município de Palmas – antes da formação do reservatório Magalhães, no rio Tocantins – é possível encontrar o tracajá, por exemplo, uma tartaruga considerada amazônica. 

Nas regiões onde o Cerrado encontra a Mata Atlântica, mais altas, há espécies comuns em paisagens distantes como as serras do Cipó e da Canastra, em Minas Gerais, com algumas chegando até próximo do Distrito Federal. “As ilhas de altitude da Mata Atlântica acabam refletindo nas ilhas de altitude do Cerrado, com condições ambientais parecidas em termos de clima”, prossegue o biólogo. 

Essa fauna diversa é determinada pela chuva. A presença de aves como tesourinha, corucão, papa-moscas, príncipe e suiriri, e de anfíbios como o sapo-cachorro-do-Cerrado, o apito-do-brejo e a rãzinha-bicuda indicam que a chuva está chegando. A água que cai dos céus provoca uma explosão de invertebrados – formigas aladas, saúvas, cigarras – e promove processos migratórios de aves da Amazônia que se estabelecem ali para a reprodução, com fartura de alimento garantida. A floresta tropical também tem estoques de insetos para as aves, mas sem a mesma previsibilidade e com muita competição entre os predadores. Outras migrações acontecem entre as bacias hidrográficas dentro do Cerrado e com o Pantanal – as aves aquáticas usam os rios como locais de reprodução, alimentação ou descanso. 

O Pantanal tem uma rara abundância de aves, mas elas não são endêmicas. “O que nutriu evolutivamente a planície inundável foi o Cerrado, com seus 12 milhões de anos”, diz Brandão. Quando se compara biomas, argumenta o biólogo, é preciso considerar processos em larga escala de espaço e de tempo. A última glaciação fez com que o Cerrado avançasse até quase o meio da Amazônia, graças ao clima mais seco e frio, levando a floresta a ter hoje “ilhas” do bioma vizinho. 

O Cerrado, enfim, é a paisagem estratégica que sustenta incontáveis formas de vida com seu recurso mais precioso, a água. E muito mais. “Somos dependentes da água não só para consumo direto, mas também para a produção de alimentos e de energia. Cada vez que reduzimos o potencial hidrelétrico – porque há menos vazão ou uma seca extrema – nossa resposta tem sido acionar as poluentes termelétricas a carvão”, comenta Mercedes Bustamante. Ao fazer isso, continua a bióloga, provoca-se um processo de retroalimentação positiva (quando um elemento do sistema intensifica o outro) que incrementa os efeitos da crise climática e da exploração da terra. “Esse ciclo vicioso precisa ser rompido com planejamento mais adequado do uso do solo, recuperação da cobertura vegetal e reutilização de pastagens degradadas.”

Para Yuri Salmona, do Instituto Cerrados, um planejamento completo precisa considerar as particularidades do bioma. “O Cerrado tem enorme variação de paisagens, e para cada uma delas há demandas ou respostas diferentes. Por isso, é preciso ter um desenho mais customizado, não um modelo único”, avalia.

Aparecem em destaque ao longo das ilustrações: arara-canindé (Ara ararauna), pequizeiro (Caryocar brasiliense), rolinha fogo-apagou (Columbina squammata), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), pássaro príncipe (Pyrocephalus rubinus), sumaúma (Ceiba pentandra), periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri), buriti (Mauritia flexuosa).

Esta reportagem faz parte de um projeto especial sobre o Cerrado produzido pela Ambiental com apoio da CLUA (Climate and Land Use Alliance) e do Instituto Serrapilheira. O projeto, que está em fase de desenvolvimento, inclui uma plataforma com análises e visualizações de dados inéditas sobre os impactos de ações humanas nos principais rios da savana mais biodiversa do planeta, coração das águas do Brasil, que será publicada em breve.

Colaboraram nesta edição:

Coordenação científica: Yuri Salmona
Edição: Ronaldo Ribeiro
Design: Sofia Beiras e Rodolfo Almeida
Desenvolvimento web: Lucas Alves
Coordenação: Miguel Vilela
Direção: Thiago Medaglia
Participaram: Fernanda Lourenço (edição), Tais Terra (redes sociais)